A Polícia Civil investiga a intoxicação de adolescentes por uso de medicação controlada na Escola Estadual de Ensino Médio 9 de Maio, em Imbé, no Litoral Norte. O caso ocorreu na semana passada, mas o registro policial foi feito apenas na segunda-feira (25).
Segundo a investigação, um estudante de 17 anos teria distribuído comprimidos de Alprazolam — substância da classe dos benzodiazepínicos, indicada para tratamento de ansiedade — a colegas dentro da escola. O medicamento pode causar sonolência intensa, perda de consciência e, em casos graves, risco de morte.
Na quinta-feira (21), uma orientadora percebeu que um dos alunos apresentava fala arrastada e comportamento alterado. O Samu foi acionado e o jovem foi encaminhado à Policlínica Municipal de Imbé. Outro estudante também recebeu atendimento após ser encontrado desacordado ao descer do transporte escolar. Ambos se recuperaram.
O terceiro adolescente, que forneceu a medicação aos colegas, admitiu ter consumido o remédio e, segundo relatos, fez gestos simulando armas contra uma professora, além de proferir ameaças. Após o episódio, foi levado para casa pela mãe.
O delegado Rodrigo Nunes, titular da Delegacia de Polícia de Imbé, instaurou inquérito para apurar o caso. Até o momento, não foi solicitada a internação provisória do suspeito.
Histórico de apreensão em 2023
O mesmo jovem já havia sido apreendido em abril de 2023, em Maquiné, sob suspeita de planejar um ataque escolar. Na ocasião, uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e da Brigada Militar encontrou em sua residência bandeiras e fotografias com símbolos nazistas, além de armas de pressão, facas, soqueiras, fardas camufladas e toucas ninjas.
As autoridades apontaram na época que ele integrava um grupo de jovens que discutiam ataques em escolas pelo país, em conexão com casos semelhantes registrados no Paraná.
