O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sinalizou nesta segunda-feira (6) a possibilidade de antecipar sua aposentadoria, o que abriria espaço para uma nova indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao tribunal.
A manifestação ocorreu durante um evento do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil, realizado na Bahia, onde Barroso mencionou estar vivendo um momento de encerramento de ciclo profissional. Aos 67 anos, ele deixou recentemente a presidência do STF, cargo que exerceu até a semana passada.
A aposentadoria compulsória dos ministros da Suprema Corte ocorre aos 75 anos, mas, segundo fontes próximas, Barroso vem demonstrando interesse em encerrar a trajetória no Judiciário de forma antecipada para se dedicar a projetos pessoais, incluindo a escrita de um livro de memórias.
Barroso foi nomeado ao Supremo em 2013, pela então presidente Dilma Rousseff (PT), e tornou-se uma das vozes de destaque do tribunal em pautas constitucionais e de direitos fundamentais.
Caso a aposentadoria seja oficializada, o presidente Lula poderá indicar um terceiro nome ao STF durante seu atual mandato. Até o momento, o chefe do Executivo já nomeou Cristiano Zanin, seu ex-advogado, e Flávio Dino, ex-ministro da Justiça.
Atualmente, os próximos ministros previstos para deixar o tribunal pela idade-limite são Luiz Fux, em abril de 2028, e Cármen Lúcia, em abril de 2029. Assim, a saída antecipada de Barroso abriria uma oportunidade inesperada de renovação na Corte antes do fim deste ciclo.
Nos bastidores de Brasília, os nomes do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já aparecem como possíveis indicados caso a vaga seja confirmada.
