O governo dos Estados Unidos entrou em shutdown nesta quarta-feira (1º), após o presidente Donald Trump e o Congresso não conseguirem aprovar o orçamento federal. A paralisação significa que o governo fica sem autorização para gastar, impactando serviços públicos considerados não essenciais.
O procedimento foi iniciado pelo Escritório de Administração e Orçamento da Casa Branca (OMB), que enviou um memorando aos órgãos federais orientando a suspensão ordenada das atividades.
Este é o 15º shutdown desde 1981. O mais longo ocorreu entre 2018 e 2019, com 35 dias de paralisação e prejuízo estimado de US$3 bilhões à economia americana.
Serviços afetados
- Controle aéreo: 11 mil funcionários da FAA dispensados; 13 mil controladores continuam trabalhando sem remuneração, podendo causar atrasos em voos;
- Turismo: parques nacionais, museus e zoológicos federais fechados ou com funcionamento limitado;
- Pentágono: mais da metade dos 742 mil funcionários civis afastados; os 2 milhões de militares seguem em serviço;
- Dados econômicos: divulgação de indicadores pode ser adiada;
- NASA: fechamento temporário;
- Embaixadas: apenas comunicados urgentes de segurança serão publicados.
Serviços que continuam funcionando
- FBI e Forças Armadas;
- Medicare (assistência à saúde para idosos e pessoas com deficiência);
- Serviço Postal, que é autofinanciado;
- Aposentadorias e benefícios de invalidez;
- Programas de assistência alimentar, enquanto houver recursos;
- Guarda Nacional, patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração.
Durante o shutdown, milhares de funcionários públicos serão colocados em licença, enquanto outros seguirão trabalhando sem receber salário — que será pago retroativamente após o fim da paralisação.
O presidente Trump chegou a ameaçar tomar medidas que afetem programas e serviços de interesse dos democratas durante o período de paralisação.