A Justiça do Rio Grande do Sul determinou medidas cautelares contra o professor de direito e advogado Conrado Paulino da Rosa, investigado por crimes sexuais em Porto Alegre. A decisão prevê o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal em juízo e proibição de contato com supostas vítimas e testemunhas.
Entre as restrições, também estão a retenção do passaporte, a proibição de deixar o país e de frequentar instituições de ensino superior, congressos e simpósios. O investigado deverá cumprir recolhimento domiciliar no período das 20h às 6h e não poderá deixar a comarca da Capital.
A investigação é conduzida pela 2ª Delegacia da Mulher e, até o momento, reúne relatos de 12 possíveis vítimas, com fatos que teriam ocorrido entre 2013 e 2025. O inquérito segue sob sigilo.
Instituições ligadas ao investigado já anunciaram medidas administrativas. A Fundação Escola Superior do Ministério Público confirmou a demissão de Conrado, enquanto o Instituto Brasileiro de Direito de Família comunicou seu afastamento da presidência. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também instaurou processo ético-disciplinar.
A defesa informou que ele vem cumprindo as determinações judiciais e que analisa o inquérito na íntegra, reforçando a posição de respeito ao sigilo e ao devido processo legal.