Uma jovem atleta de 23 anos contraiu uma infecção grave causada por uma superbactéria após mergulhar em uma piscina de hotel em Ann Harbor, no estado de Michigan, Estados Unidos. Dois primos que a acompanharam também apresentaram sintomas após o banho.
No hospital, os três receberam diagnóstico de infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), bactéria considerada uma das mais perigosas devido à resistência a antibióticos de uso comum. O micro-organismo pode provocar complicações severas e exige tratamentos específicos, já que as opções medicamentosas são mais limitadas.
A jovem apresentou dores intensas e perdeu parte da mobilidade, necessitando atualmente de auxílio para se locomover. O caso reforça a preocupação com ambientes coletivos, como piscinas e academias, onde há maior risco de contaminação quando não há protocolos adequados de higiene e desinfecção.
Desafio global
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), infecções causadas por bactérias resistentes podem provocar até 10 milhões de mortes por ano no mundo até 2050, caso não haja avanços significativos em novos tratamentos.
Na tentativa de acelerar soluções, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Boston, vêm utilizando inteligência artificial para identificar substâncias capazes de combater bactérias resistentes, incluindo a MRSA. O sistema foi capaz de projetar milhões de moléculas e selecionar as de maior potencial antimicrobiano, encurtando um processo que antes poderia levar anos.
Os compostos mais promissores já avançam para testes laboratoriais e podem abrir caminho para novas alternativas terapêuticas diante do aumento global da resistência bacteriana.
