Instituições de educação infantil em Porto Alegre registraram, entre a segunda metade de julho e a primeira semana de setembro, 19 surtos de síndrome mão-pé-boca, totalizando 161 pessoas contaminadas, entre crianças, bebês e adultos, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
A síndrome é causada por vírus que circulam no trato digestivo e, embora seja mais comum em crianças de até cinco anos, também pode atingir adultos. Um surto é definido quando três ou mais casos são confirmados em um mesmo local.
Os sintomas incluem febre, manchas vermelhas na boca e garganta, bolhas nas mãos e pés, dificuldade para engolir, perda de apetite, vômito e diarreia. A transmissão ocorre por contato direto, saliva, fezes, objetos contaminados e pelas próprias lesões cutâneas. O período de maior contágio é a primeira semana da doença, mas o vírus pode continuar a ser eliminado pelas fezes por até quatro semanas.
Não existe vacina ou tratamento específico, mas a doença costuma evoluir de forma leve, desaparecendo espontaneamente em alguns dias. A recomendação para quem contrai a síndrome é repouso, ingestão de líquidos e alimentação leve.
A prefeitura reforçou medidas de prevenção, como a lavagem frequente das mãos, desinfecção de superfícies e objetos, não compartilhamento de utensílios pessoais, afastamento de pacientes até o desaparecimento dos sintomas, e cuidados específicos em creches, como higiene rigorosa durante a troca de fraldas.
Em 2024, Porto Alegre registrou 20 surtos da doença, dos quais 19 passaram por investigação. Na última quinta-feira (11), a Secretaria Municipal de Saúde emitiu alerta epidemiológico à rede de serviços notificadores da capital, reforçando a necessidade de atenção e medidas preventivas.
A prefeitura de Porto Alegre elaborou algumas instruções de medidas protetivas contra a doença, clique aqui e saiba quais.
- Trocar e lavar diariamente roupas pessoais e de cama de pacientes;
- Lavar as mãos com frequência, especialmente após usar o banheiro e antes de manipular alimentos;
- Descartar fraldas e lenços em lixeiras fechadas;
- Não compartilhar mamadeiras, copos ou talheres;
- Nas creches – reforçar a higiene das mãos durante a troca de fraldas para evitar a transmissão entre crianças;
- Manter afastados da escola ou do trabalho os pacientes até o desaparecimento dos sintomas;
- Lavar com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária diluída (1 colher de sopa para 4 copos de água) superfícies e objetos que possam ter contato com secreções ou fezes;
- Evitar contato muito próximo com doentes, como abraços e beijos;
- Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.