Letícia Paul, de 22 anos, morreu na última quarta-feira (20) após sofrer uma reação alérgica grave durante a realização de uma tomografia com contraste no Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, Santa Catarina. A paciente chegou a ser entubada, mas não resistiu ao choque anafilático, considerada a forma mais severa de reação de hipersensibilidade.
Natural de Lontras, município vizinho de pouco mais de 12 mil habitantes, Letícia havia concluído a graduação em Direito e cursava pós-graduação em Direito e Negócios Imobiliários. O exame solicitado fazia parte de sua rotina médica devido a histórico de pedras nos rins.
O hospital confirmou o caso e lamentou a morte em nota oficial, destacando que todos os procedimentos seguem protocolos clínicos recomendados e reafirmando o compromisso com a ética, transparência e segurança assistencial.
O corpo de Letícia foi velado na Casa Mortuária Jardim Primavera, em Rio do Sul, e posteriormente cremado em Balneário Camboriú. Familiares publicaram mensagens de luto nas redes sociais.
Os contrastes radiológicos são substâncias usadas para destacar áreas específicas em exames de imagem, auxiliando médicos na identificação de alterações não visíveis em exames comuns. Especialistas ressaltam que o procedimento é seguro e que reações adversas graves, como a registrada no caso de Letícia, são raras.
O choque anafilático é uma reação alérgica de início súbito, que pode ser desencadeada por medicamentos, alimentos, picadas de insetos ou contrastes radiológicos. Entre os sintomas estão dificuldade respiratória, queda de pressão, aceleração dos batimentos cardíacos, náusea, vômitos, inchaço nos lábios e língua, urticária e perda de consciência.