Santo Antônio da Patrulha viveu uma tarde histórica no último sábado com a abertura da exposição inédita “A Noiva da Lagoa: um crime que virou lenda”, realizada no Jardim Imperial do Museu Caldas Júnior. A mostra marca os 85 anos do assassinato de Maria Luiza Haussler, conhecida como Lisinka, ocorrido em 1940.
A exposição reúne fotografias, diários, desenhos e objetos pessoais de Lisinka, que tinha apenas 17 anos quando foi morta em Porto Alegre e lançada na Lagoa dos Barros. O ponto alto do evento foi a doação do acervo da família ao museu, entregue por Ingrid Emmer, cunhada de Maria Luiza e hoje com 85 anos. Os materiais passam a integrar o patrimônio permanente do Museu e darão origem ao Memorial Maria Luiza Haussler, dedicado à preservação da memória da jovem e à reflexão sobre o feminicídio.
Durante a cerimônia, autoridades destacaram a importância da preservação da história e o valor simbólico da exposição, além de reforçarem a necessidade de políticas de enfrentamento à violência contra a mulher. O prefeito Rodrigo Massulo anunciou ações de integração do memorial às escolas do município, visando abordar o tema do feminicídio com estudantes.
O evento contou com a presença da deputada federal Franciane Bayer, do presidente do Museu Caldas Júnior, Rafael Barcela, do presidente da Câmara, André Selistre, do secretário municipal da Cultura, Turismo e Esportes, Sérgio Canário, e da secretária municipal da Administração e Finanças, Cleia Airoldi, entre outras autoridades e membros da comunidade.
Na mesma ocasião, foi assinada a lei que regulamenta o Projeto Resgatando Memórias, reforçando o compromisso do município com a valorização de sua história. O projeto terá um novo episódio no dia 27 de agosto, com participação de Ingrid Emmer.
A exposição está aberta à visitação no Museu Caldas Júnior de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h, e aos sábados e domingos (até 31 de agosto), das 14h às 18h. A entrada é gratuita.
