O Rio Grande do Sul registrou uma expressiva redução na taxa de homicídios ao longo dos últimos anos. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta semana pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Estado encerrou 2024 com uma taxa de 15 homicídios por 100 mil habitantes, praticamente a metade do índice verificado em 2017, que era de 28,1.
Com essa marca, o RS passou a ocupar a quarta posição entre os estados brasileiros com as menores taxas de homicídios, atrás apenas de São Paulo, Santa Catarina e do Distrito Federal. Em 2018, o Estado ainda figurava em oitavo lugar no ranking nacional, com taxa de 22,3 homicídios por 100 mil habitantes.
A queda é atribuída a uma série de estratégias aplicadas pelas forças de segurança pública, como ações focadas em áreas de influência de facções criminosas, respostas operacionais imediatas a assassinatos, e o uso intensivo de tecnologia, como câmeras de videomonitoramento e mapeamento por geolocalização dos principais pontos de criminalidade.
Também contribuíram para o cenário atual o investimento em inteligência policial, transferência de líderes de facções para presídios federais e políticas de repressão ao narcotráfico, além da responsabilização penal dos mandantes dos crimes, com o objetivo de desarticular as estruturas criminosas.
O levantamento nacional ainda destaca que, além do RS, apenas Roraima, Goiás, Acre e o Distrito Federal registraram reduções proporcionais mais expressivas na taxa de homicídios nos últimos anos.
Apesar da melhoria nos indicadores de assassinatos, o Rio Grande do Sul continua figurando entre os estados com mais registros de violência contra a população LGBTQIAPN+, conforme o mesmo anuário.
A meta das autoridades gaúchas é atingir o patamar recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que considera aceitável uma taxa inferior a 10 homicídios por 100 mil habitantes.