Xangri-Lá, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, está recebendo uma nova etapa de obras de saneamento que deve transformar o panorama do esgotamento sanitário no município. Com a instalação de 29,2 quilômetros de redes subterrâneas, cerca de 1.290 famílias passarão a ter acesso à coleta e ao tratamento adequado de esgoto, o que deve elevar o índice de cobertura de 40,10% para mais de 50%.
A ampliação representa um importante avanço na área da saúde pública e da preservação ambiental, ao permitir o tratamento de aproximadamente 236 milhões de litros de esgoto por ano — o equivalente a 94 piscinas olímpicas. Essa quantidade de resíduos, que antes teria como destino o meio ambiente sem tratamento, agora passará por processos de remoção de poluentes antes de retornar à natureza em forma de efluente tratado.
As obras contemplam a implantação de ramais domiciliares em 41 ruas do município, incluindo mais de 1.100 novas ligações, além da instalação de terminais de inspeção e limpeza. O sistema de coleta utiliza tubulações subterrâneas que transportam o esgoto das residências e estabelecimentos até estações de tratamento, onde os resíduos passam por processos específicos antes de serem devolvidos ao meio ambiente.
A iniciativa também contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida da população. O acesso ao saneamento reduz a exposição a doenças de veiculação hídrica, promove melhores condições de higiene e segurança, e valoriza os imóveis da região. Além disso, a ampliação da rede ajuda a proteger os corpos hídricos e o solo, especialmente em áreas costeiras como Xangri-Lá, onde a conservação ambiental é essencial para o turismo e a sustentabilidade local.
O projeto da Corsan está alinhado às metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento, que determina que até 2033, 90% da população brasileira deve ter acesso à coleta e ao tratamento de esgoto, e 99% à água potável.