As chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de semana já resultaram em duas mortes, uma pessoa desaparecida e mais de duas mil pessoas fora de casa. Os dados, divulgados pela Defesa Civil estadual nesta quarta-feira (18), indicam que 1.336 pessoas estão desalojadas e outras mil estão acolhidas em abrigos públicos ou mantidos por entidades assistenciais.
Uma das mortes ocorreu em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha, onde um jovem de 22 anos foi encontrado sem vida dentro de um carro arrastado pela correnteza do Rio Caí. O veículo foi levado pelas águas ao tentar cruzar a Ponte da Cooperação, estrutura provisória que substitui a ponte da BR-116, destruída pelas enchentes de 2024.
O segundo óbito foi registrado em Candelária, na Região dos Vales. Geneci da Rosa, de 54 anos, morreu após o carro em que estava com o marido ser levado por uma enxurrada ao tentar atravessar uma ponte. O marido continua desaparecido.
Até o momento, 51 municípios já relataram ocorrências à Defesa Civil, com destaque para Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde 89 pessoas estão desalojadas e 28 desabrigadas. A cidade também contabiliza 29 escolas com destelhamento parcial.
As chuvas também afetam o tráfego rodoviário. Pelo menos 16 rodovias estaduais estão com trechos totalmente bloqueados, e outras seis apresentam interdições parciais.
Segundo o governador Eduardo Leite, algumas regiões, especialmente no noroeste do estado, já registram mais de 350 milímetros de chuva — volume considerado muito acima da média para o período. Ele ressaltou que, embora a situação seja crítica em algumas localidades, os acumulados ainda não se aproximam dos registrados nas enchentes de maio de 2024, que causaram a morte de 184 pessoas e deixaram 25 desaparecidos.
Em Capão da Canoa, patrulhas da Defesa Civil constataram pontos de alagamento pontuais, sem intercorrências graves até o momento.
A situação segue em monitoramento permanente.