RS tem segunda menor taxa de analfabetismo entre idosos do Brasil, aponta IBGE

Foto: Duda Fortes / Agencia RBS

O Rio Grande do Sul se destaca no cenário nacional com uma das menores taxas de analfabetismo do país, especialmente entre a população idosa. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) 2024, divulgada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE, o Estado ocupa a segunda posição entre as unidades da federação com o menor percentual de pessoas com 60 anos ou mais que não sabem ler e escrever, atrás apenas do Rio de Janeiro.

A taxa de analfabetismo entre os idosos gaúchos caiu de 9,4% em 2016 para 5,8% em 2024, em linha com a tendência de queda observada em todo o país. No Brasil, o índice passou de 20,5% para 14,9% no mesmo período. Entre a população com 15 anos ou mais, o Rio Grande do Sul também apresentou redução, com o índice caindo de 3% para 2,4%, garantindo a quinta melhor colocação nacional neste recorte.

Na comparação por regiões, a Sul segue como a que apresenta os menores índices de analfabetismo tanto entre jovens quanto entre idosos. O Distrito Federal lidera o ranking geral, com a menor taxa entre pessoas com 15 anos ou mais (1,8%).

Além do analfabetismo, o levantamento também analisou dados sobre escolaridade. Desde 2019, mais da metade da população brasileira com mais de 25 anos concluiu, pelo menos, o Ensino Médio. Em 2024, essa parcela corresponde a 56% da população. No Sul, o índice subiu de 49,7% em 2019 para 55,4% em 2024. A média de anos de estudo na região também é superior à nacional, com 10,3 anos contra 10,1. No Sudeste, essa média chega a 10,7 anos.

A pesquisa mostrou ainda que mulheres e pessoas brancas apresentam os maiores índices de escolaridade. Todos os grupos sociais e regiões apresentaram aumento no tempo de estudo em relação a 2016.

A frequência escolar também teve crescimento em quase todas as faixas etárias, especialmente na primeira infância. O percentual de crianças de zero a três anos que frequentam creches passou de 30,3% para 39,8% em oito anos. No entanto, ainda está abaixo da meta de 50% prevista no Plano Nacional de Educação (PNE).

Na faixa dos quatro e cinco anos, a presença na pré-escola subiu para 93,4%, enquanto entre os seis e 14 anos, praticamente toda a população frequenta o Ensino Fundamental (99,5%). Já no Ensino Médio, a taxa de matrícula entre os adolescentes de 15 a 17 anos subiu para 93,4%.

Por outro lado, a frequência escolar entre jovens de 18 a 24 anos — idade correspondente ao Ensino Superior — teve leve queda, passando de 31,5% para 31,2%. A taxa de permanência nos estudos entre adultos com 25 anos ou mais, porém, teve aumento, alcançando 5,1%.

O estudo também abordou os principais motivos para abandono escolar entre jovens de 14 a 29 anos que não completaram o Ensino Médio. A principal razão apontada foi a necessidade de trabalhar (42%), seguida pela falta de interesse (25,1%). Quando separado por gênero, a necessidade de trabalhar foi mais mencionada por homens (53,6%), enquanto a gravidez apareceu como segundo motivo mais citado pelas mulheres (23,4%).

Redação TV Litoral

Redação TV Litoral

A Rede Litoral de Comunicação é um grupo de mídia multiplataforma do Litoral Norte do RS. Com atuação em TV, rádio, portal e redes sociais, levamos informação, conteúdo e entretenimento à comunidade, fortalecendo a comunicação local e impulsionando o desenvolvimento regional. Acompanhe através de @redelitoralrs.

Compartilhe :

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Imprimir

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *