O Ministério da Saúde atualizou as recomendações para a realização de mamografias no Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo mulheres entre 40 e 49 anos. O exame passará a ser realizado sob demanda, mediante decisão da paciente e indicação médica, sem obrigatoriedade de rastreamento bienal nessa faixa etária.
Para mulheres entre 50 e 74 anos, o rastreamento populacional continua a cada dois anos, mesmo sem sintomas. Já para aquelas com mais de 74 anos, a realização do exame passa a ser individualizada, considerando comorbidades e expectativa de vida. A medida visa ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, uma vez que 22,6% dos casos de câncer de mama no país ocorrem entre mulheres de 40 a 49 anos.
A mamografia é considerada o principal exame de rastreamento, permitindo identificar alterações como nódulos, cistos e espessamentos do tecido mamário antes do surgimento de sintomas clínicos. Em casos suspeitos, pode ser indicada biópsia para confirmação diagnóstica.
Além da ampliação do rastreamento, o SUS incorporou novos medicamentos e terapias para o tratamento do câncer de mama, incluindo inibidores de CDK 4/6, trastuzumab entansina, supressão ovariana medicamentosa e hormonioterapia parenteral, entre outros. Também passou a ser indicada a neoadjuvância para tumores em estágios iniciais, com o objetivo de preservar a mama.
As mudanças buscam reduzir diagnósticos tardios, ampliar o acesso a exames e tratamentos modernos e alinhar as políticas públicas às recomendações médicas, reforçando a importância do diagnóstico precoce no combate ao câncer de mama.