O governo francês determinou que a rede hospitalar do país se organize para um eventual cenário de conflito de grande escala, especialmente no continente. A ordem prevê que as unidades de saúde estejam prontas para atuar como centros de tratamento de vítimas de guerra, incluindo soldados franceses e aliados da Otan, até março de 2026.
Segundo o Ministério da Saúde da França, a medida tem como objetivo “antecipar, preparar e responder às necessidades da população, considerando também as demandas específicas da defesa”. O plano inclui protocolos para atendimento de militares estrangeiros no sistema de saúde civil.
A orientação ocorre em meio ao aumento das tensões entre Rússia e países ocidentais. Autoridades militares da Otan alertaram para o risco de escalada durante os exercícios russos Zapad 2025, realizados em Belarus. Embora não haja indícios de ataque imediato, as forças da aliança devem entrar em alerta máximo.
Caso ocorra um ataque a qualquer membro da Otan, o Artigo 5 do tratado prevê resposta conjunta, o que poderia transformar um conflito regional em guerra global, com participação direta de Estados Unidos e Reino Unido.
Além da França, outros países europeus intensificam preparativos. Noruega e Suécia distribuíram guias de sobrevivência à população, enquanto os países bálticos constroem linhas defensivas com valas antitanque e sistemas de foguetes. França e Reino Unido também assinaram um acordo para coordenação de ataques nucleares em caso de guerra.