A Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar confirmou a prática de pesca ilegal com o uso de explosivos próxima à costa de Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A operação, realizada em julho em conjunto com o Ibama, resultou na identificação de duas embarcações envolvidas e na aplicação de multas que somam mais de R$ 1,1 milhão.
A investigação teve início após denúncias de moradores que relataram estrondos e o aparecimento de grande quantidade de peixes mortos, especialmente corvinas (Micropogonias furnieri), nas praias de Capão Novo e Arroio Teixeira. Imagens captadas por drone auxiliaram na localização das embarcações, encontradas a 675 e 1.190 metros da orla, com cerca de 27 toneladas de pescado a bordo.
Segundo a Patram, além da pesca em águas rasas, considerada ilegal, há indícios do uso de explosivos para afetar a bexiga natatória dos peixes de fundo, facilitando a captura. A prática é proibida pela legislação ambiental e configura crime ambiental, conforme a Lei nº 9.605/1998 e o Decreto nº 6.514/2008.
As embarcações foram identificadas e autuadas pelo Ibama, que também lavrou laudos técnicos e autos de infração. Os responsáveis responderão criminalmente, além das penalidades administrativas.
