A 32ª Festa do Pescador, realizada no último final de semana em Arroio do Sal, foi marcada pela realização do Fórum Impactos do Porto Meridional, promovido pela Câmara de Vereadores do município, na sexta-feira (1º). O evento, que lotou o galpão do Centro Municipal de Eventos, reuniu lideranças políticas, representantes do setor produtivo, especialistas e moradores para discutir os desdobramentos do futuro terminal portuário previsto para o Litoral Norte gaúcho.
Entre os painelistas, estiveram o deputado estadual Issur Koch (PP), presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Porto Meridional da Assembleia Legislativa; a presidente da Famurs, Adriane Perin; o prefeito de Arroio do Sal, Luciano Pinto da Silva; o senador Luis Carlos Heinze; o vice-presidente da Fiergs, Ubiratan Rezler; o secretário municipal de Meio Ambiente, Adauri Cabral; o diretor da DTA Engenharia, Daniel Khol; e o presidente da Mobi Caxias, Rodrigo Postiglione. A mediação foi da jornalista Giane Guerra, do Grupo RBS.
O fórum também contou com a presença de prefeitos da região, como Luis Henrique Vedovato, de Imbé, e Juarez Marques da Silva, de Tramandaí, além de representantes de setores estratégicos como a agroindústria e o setor metalmecânico.
Durante o encontro, os painelistas reforçaram a importância estratégica do Porto Meridional para a economia do estado. Com investimento privado estimado em R$ 6 bilhões, o terminal promete gerar 1,5 mil empregos diretos e milhares de postos de trabalho indiretos, contribuindo para o crescimento da arrecadação local e regional. O projeto já conta com autorizações da Marinha, do Ministério de Portos e Aeroportos e da Antaq, e foi declarado de utilidade pública pelo governo do Estado.
A estrutura será construída fora da faixa de areia, preservando o uso público da orla. O licenciamento ambiental está em análise pelo Ibama, e questões ambientais foram amplamente debatidas durante o fórum. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) foi apontado como uma das etapas mais importantes em andamento.
O evento também teve a presença de grupos contrários ao projeto, que protestaram pacificamente com cartazes em defesa do meio ambiente e da vocação turística do município.
Segundo os responsáveis, a previsão é que as obras tenham início em 2026, com operação plena a partir de 2028, posicionando Arroio do Sal como novo eixo logístico do Rio Grande do Sul e ampliando a competitividade do estado no cenário nacional e internacional.










