O Rio Grande do Sul conta com uma universidade a menos no QS World University Ranking 2026, divulgado nesta semana pela consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS). A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) deixou de figurar entre as 1.500 melhores instituições de ensino superior do mundo, reduzindo para três o número de universidades gaúchas na lista: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Desde a edição de 2022, o Estado mantinha quatro instituições no levantamento. A saída da UFPel reflete uma tendência nacional e regional de queda no desempenho das universidades latino-americanas. O Brasil, que contava com 35 instituições no ranking anterior, passou a ter 24 universidades listadas, uma redução de 31,5%. Na América Latina, a queda foi ainda mais acentuada: de 191 para 97 instituições, o que representa uma redução de 49,3%.
Apesar da exclusão da UFPel, as universidades gaúchas que permaneceram no ranking mantiveram posições semelhantes às da edição anterior. A UFRGS subiu uma colocação entre as brasileiras, passando do oitavo para o sétimo lugar nacional, e manteve-se entre as posições 691-700 no ranking global. A PUCRS avançou para a 14ª posição nacional, mantendo-se no intervalo 1201-1400 mundial, mesma faixa da UFSM, que subiu duas posições no ranking nacional, chegando ao 18º lugar.
O levantamento da QS considera dez indicadores de avaliação, entre eles: Reputação Acadêmica (30%), Citações por Docente (20%), Reputação entre Empregadores (15%), além de critérios de internacionalização, sustentabilidade e empregabilidade. Segundo a análise da consultoria, o Brasil apresentou queda em quase todos os indicadores, com exceção da proporção de docentes por aluno, que se manteve estável.
Mesmo diante dos desafios, o país se destaca na Reputação Acadêmica, superando a média global, e em Citações por Docente, com quatro das cinco melhores pontuações da América Latina pertencentes a instituições brasileiras: USP, Unicamp, UFSCar e Unesp.
Para os analistas da QS, o cenário atual reforça a necessidade de investimentos estratégicos nas universidades brasileiras, especialmente nas áreas de pesquisa, internacionalização e sustentabilidade. A organização aponta que há espaço para o Brasil se posicionar como destino emergente no ensino superior global, caso haja políticas públicas eficazes e incentivos à mobilidade acadêmica e à cooperação internacional.