Secretário de Segurança de Porto Alegre opta por permanecer em Israel durante conflito com o Irã

Foto: JOHN WESSELS / AFP

O secretário de Segurança Pública de Porto Alegre, Alexandre Aragon, permanece em Israel mesmo diante do agravamento do conflito com o Irã. Há três dias, ele está abrigado em um bunker na cidade de Kfar Saba, localizada a cerca de 25 quilômetros de Tel Aviv. Aragon participa de um curso voltado ao uso de tecnologias de gerenciamento de crises e sistemas de alerta que podem ser aplicados em situações de emergência, como desastres naturais.

Apesar do aumento da tensão na região, o secretário afirmou que seguirá no país até a conclusão do curso, prevista para a próxima sexta-feira (20). A decisão contrasta com a postura adotada por outros integrantes de uma comitiva brasileira, composta por 12 gestores públicos, que deixaram Israel por via terrestre rumo à Jordânia na manhã desta segunda-feira (16). O grupo é formado por prefeitos, secretários, vereadores e vice-prefeitos de diversas cidades brasileiras e participava de atividades semelhantes.

Entre os membros da comitiva que retornaram ao Brasil estão o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, o prefeito de João Pessoa, Cícero de Lucena, além de representantes de municípios como Macaé, Goiânia, Nova Friburgo e Divinópolis. A saída do grupo foi organizada em resposta ao risco crescente de ataques na região. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), um dos participantes preferiu permanecer em território israelense por considerar perigosa a travessia até a Jordânia.

Ao comentar a situação local, Aragon relatou que, embora o momento seja delicado, a população israelense demonstra resiliência e mantém uma rotina relativamente estável. Ele também minimizou o sentimento de desespero e destacou que a decisão de continuar no país está alinhada com a missão institucional que foi designada a cumprir. De acordo com levantamento da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, 47 parlamentares brasileiros estavam em Israel até a última sexta-feira (13); com a saída da comitiva, 35 seguem no país.

Entre os temas abordados no curso que Aragon participa está o uso de sistemas de predição para emissão de alertas preventivos, especialmente voltados para eventos como enchentes e outras emergências ambientais — uma tecnologia considerada relevante para o contexto brasileiro, especialmente após recentes desastres climáticos no Rio Grande do Sul.

O secretário reforçou que sua permanência não está relacionada a motivações ideológicas e que seu foco é técnico e estratégico. A iniciativa visa avaliar ferramentas que possam ser incorporadas à estrutura de segurança pública de Porto Alegre.

Redação TV Litoral

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